quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

As três virtudes brasileiras


Nós brasileiros vivemos sob a forte coerção de três virtudes. Elas agem por si só, mas também estão intrinsicamente enraizadas, uma vez que são causa e consequência entre si. São características e comportamentos que interferem em onde estamos e o que queremos ser.

O primeiro deles é o conservadorismo. Brasileiro odeia mudanças. Anseia por elas, mas as odeiam quando praticadas. A sociedade parece não ter evoluído com o tempo. Praticamos conceitos machistas, discriminatórios e vivemos sob preceitos religiosos retrógrados sobre família e felicidade.  Pedimos por mudanças, mas que elas aconteçam de uma forma que não nos afete. Aceitamos realidades distintas contanto que não sejam em nossas famílias. Queremos reformas, mas não queremos a poeira em nossas casas. Queremos algo, mas não queremos nos mexer.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Os verdadeiros participantes do Big Brother


No paredão entre Ronaldo e Fabiana, Pedro Bial soltou em meio às suas filosofia uma declaração que considero a melhor definição do que é Big Brother Brasil:

“Este programa é tanto que ainda suscita mais que espectadores. Espectadores assíduos, divididos entre a favor e contra, acreditem, na 12ª edição! Contra ou a favor não deixam de assistir, como se fosse guerra fria, como se não fosse um programa de televisão. E é verdade. Não é só um programa de televisão. É um espetáculo de natureza humana que, ao contrário do que rumina o senso comum, sem dúvida revela muito mais sobre a natureza de quem espia do que de quem é espiado. Revela muito mais sobre quem vê do que sobre vocês que estão aí para ser vistos.”


Não acredita? Eu explico. Uma matéria publicada no jornal Folha de São Paulo, no dia 22 de janeiro, trouxe um caso interessante. Em 2007 na África do Sul, um caso de estupro garantiu uma mancha negra na história do Big Brother no país. Richard Bezuidenhout, 24 anos, foi acusado de estuprar com os dedos uma colega de confinamento. A enfermeira Ofunneka Molokwu, 29 anos, estava desacordada em coma alcoólico, quando Richard se aproximou. Em meios a pedidos dos próprios participantes do programa para parar com a agressão, Richard não se intimidou e justificou a violência: “Estamos na África do Sul”. Ao fim do programa, Richard Bezuidenhout se consagrou campeão do Big Brother África.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Qual é a cara do Brasil?


Para começar esse texto vamos fazer um pequeno exercício. Tente definir o Brasil em três palavras diferentes de: carnaval, futebol e mulher pelada. Parece uma tarefa simples, mas eu mesmo não consegui fazê-la.
Afinal que cara tem o Brasil?
Estive recentemente na França e resolvi sair um dia pela noite parisiense. Passando por um bar, vi que estava havendo uma festa brasileira e fiquei muito curioso para saber que tipo de festa seria. Quando entrei me surpreendi. Todos os funcionários usando roupas muito decotadas, largas, com a bandeira do Brasil estampada. As músicas que escolheram para tocar eram de artistas como: Shakira, Jennifer Lopez e Ricky Martin. Quando ouvi algo em português foi um remix que fizeram de um funk que dizia: eu quero dar minha xaninha. Para finalizar, a atração da noite era um dançarino mulato, com rastafáris, uma calça de capoeira estampada com as cores da bandeira do Brasil, dançando de maneira quase inapropriada.
Será essa a imagem que os franceses têm do Brasil? Que aqui somos todos mulatos, andamos com folhas de bananeira cobrindo o sexo, uma bola de futebol no pé, um pandeiro na mão, sambando e nos esfregando em lindas mulatas chamadas Teresa?